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Archive for 10 de novembro de 2009

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Olá PessoALL!

O post de hoje vai para as MMS da Internet (Mãe, Madrinhas e Simpatizantes). Tudo muda na rotina de uma mulher quando uma pessoa em miniatura surge em sua vida. Até o ponto de vista acerca de certas publicidades voltadas ao público infantil pode mudar.

A grande preocupação com a formação sócio-cultural reside justamente nos primeiros anos da infância. O estímulo ao consumo, nesta época, pode ser responsável por tal hábito desenfreado em seres humanos.Mercado-Infantil-715133

Por mais presentes que as mulheres tentem ser na vida de seus filhos, sobrinhos, afilhados etc, nossas vidas atribuladas pelas jornadas duplas (e triplas também) não permitem que fiquemos 100% de olho nas comunicações que geram impacto na cabecinha dos pequenos. Por comunicação, entenda: mídia online, offline e “buzz” dos amiguinhos.

Segundo o Projeto Criança e Consumo, as crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família. Esses dados configuram mais um motivo para nos preocupar com aquilo que chega ao imaginário dos filhotes e desemboca em “nossos” bolsos. Pense da seguinte maneira: nenhum investimento publicitário é feito (pelo menos não deveria ser) sem o cálculo do retorno (o famoso ROI). E em 2006, os investimentos publicitários destinados à categoria de produtos infantis alcançaram a marca dos R$ 209.700.000,00. Ui.

Outro detalhe importante: considere também que alguns anunciantes de produtos para adultos direcionam seus esforços para as crianças, buscando desenvolver nos baixinhos o lado influenciador. Mamães, puxem pela memória: alguma vez os filhotes já deram “pitaco” na compra do carro?

Por fim,  é fato consumado que as mães que trabalham se sentem culpadas por não dedicar 100% de seu tempo aos filhos. Mas não vou entrar no mérito da questão, o ponto aqui é muito mais complexo e deve ser discutido por alguém mais adequado. A discussão existe, basta googlar.

Como existe muita controvérsia sobre o tema Publicidade Infantil, algumas marcas vêm tomando providências. Veja a Nestlé, que anunciou mudanças na nova política de comunicação, em janeiro deste ano:

Nestlé divulga mudanças na publicidade para crianças

nestle

A Nestlé anunciou que vai adotar no Brasil, ainda este mês, a nova política de comunicação na publicidade infantil aplicada mundialmente pela empresa. Agora, as campanhas de produtos para crianças de até seis anos serão voltadas para os pais. As novas normas de publicidade praticadas pela Nestlé incluem ainda regras para crianças de até 12 anos. Segundo a fabricante, a comunicação deve encorajar a moderação no consumo, hábitos alimentares saudáveis e atividade física; não deve diminuir a autoridade dos pais; não deve criar expectativas irreais; não deve criar dificuldades na diferenciação do conteúdo do programa infantil e da publicidade; não deve utilizar personagens de programas que não sejam licenciados pela marca e pode promover atividades em escolas apenas com consentimento prévio da administração da escola, entre outras regras. Entretanto, na Europa, as restrições serão mais abrangentes. A empresa, assinou o termo de compromisso EU-Pledge, a exemplo de outras grandes corporações da indústria de alimentos como Burger King, Genral Mills, Coca-Cola, Danone, Ferrero, Kellogg´s, Kraft, Mars, Pepsico e Unilever. Juntas, essas empresas representam mais de 50% do mercado de publicidade na União Européia. Os termos são rígidos e voluntários, com apenas dois critérios mínimos: ausência de publicidade de produtos para crianças abaixo de 12 anos em TV, mídia impressa e internet, com exceção de produtos com específica característica nutricional e comprovação científica desses benefícios e ausência de comunicação relacionada a produtos em escolas infantis, salvo se houver solicitação ou aprovação da própria escola.

Na verdade, as indústrias de alimentos tiveram de ceder às pressões por conta do aumento da obesidade infantil que, segundo a OMS, já é um problema de saúde mundial por conta dos alimentos industrializados. Em vários países, como a Inglaterra e os Estados Unidos, campanhas publicitárias de produtos para crianças e adolescentes estão sendo suspensas e os governos estudam medidas de controle ainda mais rígidos (leia mais aqui). No Brasil, está em tramitação o Projeto de Lei 1637/07, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que institui regras para a publicidade de alimentos com elevados teores de açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio, além de bebidas com baixos valores nutricionais. A publicidade dessses alimentos, se o PL for aprovado, ficará totalmente proibida a transmissão durante programação infantil. Com informações do Meio&Mensagem.

Neste caso, um dos fatores decisórios foi a problemática da obesidade infantil. Assunto para um próximo post, talvez?

Caso alguém se lembre de algum case famoso ligado ao assunto… Nuestro Blog, su Blog!

That’s all, Folks!

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