Duloren, nem Jesus salva

“A mulher Amélia não existe mais. Hoje, quem não dá atenção à mulher que tem, corre o risco de perdê-la. A fila anda!”, essa foi a explicação de Marcos Silveira, diretor de criação da Agnelo Pacheco Rio, para a nova campanha da Duloren (essa aí acima) que será veiculada em março em veículos impressos e nos pontos-de-venda.

É, a intenção era boa vai. O marido hipnotizado pela TV e a mulher toda sensual ao telefone com um suposto amante poderia se tornar um anúncio provocativo, porém interessante. Mas o resultado final… A direção de arte ficou bacana, mas a redação passou longe. A frase “Só Jesus é fiel” não só é de mau gosto como não tem graça alguma. Ok, o público-alvo não é formado por católicas conservadoras, mas acho que ficaria melhor se fosse só a assinatura “Você não imagina do que uma Duloren é capaz”. Esse lance de fidelidade também vai gerar polêmica, por mais que fosse uma provocação aos homens, do tipo preste atenção na sua mulher se não outro o fará, acho que agradaria muito mais as mulheres saber que com aquela lingerie o seu parceiro (o cara que você ama e realmente quer agradar) não vai querer saber de TV. Como os comerciais da Renner “Tempo de Mulher” fazem muito bem:

Dei uma olhada no site da Duloren e o conceito é o mesmo: exageradamente apelativo. O design do site deixa muito a desejar, vejam vocês mesmo:

Tem ainda uma sessão do site que de tão ruim chega a ser cômica. É o provador, no qual o site sugere modelos de lingerie de acordo com a ocasião. Nesta área há uma parte de acessórios eróticos e ao adicioná-los à modelo você ouve uma voz de diabão sinistra dizendo: “Ai, ai, ai tô no céu”, “Como você é boa, hein?” e “Vai ser boa assim lá no inferno, minha filha”. É rir para não chorar. O que vocês acharam da campanha?

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